Talento, sensibilidade e vocação musical – esse tripé
equilibra a base de uma carreira bem-sucedida, é verdade. Mas nenhum músico vai
muito longe se não souber se profissionalizar. Disciplina e visão de mercado
são essenciais, mesmo para quem domina a técnica.
Embora os cursos de graduação em Música já tenham certa
tradição no Brasil, não há muitos profissionais com nível universitário. Em
parte porque a formação acadêmica não é obrigatória para quem quer viver
profissionalmente da música. Mas um diploma faz diferença, sim. “O curso
superior tem peso no momento em que o músico se candidata a uma vaga em grupos
profissionais ou orquestras mantidas por órgãos públicos”, avisa Yara Caznok,
assistente de coordenação do curso de Música da Faculdade Santa Marcelina, em
São Paulo. “Além do preparo musical propriamente dito, a faculdade é formadora
do pensamento. No curso superior, o aluno adquire habilidade para se expressar
e fundamentar suas idéias em projetos que possam ser patrocinados”, acrescenta
Yara.
Rose Marie Reis Garcia, chefe do Departamento de Música da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, aponta outro fator da baixa procura
pelos cursos de graduação em Música: “Os baixos salários são um desestímulo à
carreira, especialmente a de professor dos ensinos fundamental e médio.” Mesmo
assim, o quadro não é tão ruim como parece e a maior parte dos músicos consegue
sobreviver de sua arte. Uma pesquisa recente, realizada pela Universidade
Federal de Minas Gerais, constatou que 80% dos profissionais vivem apenas da
música, enquanto 8% precisam reforçar o orçamento com outra atividade.
O músico pode ser contratado por empresas que querem montar
corais formados por funcionários, mas também há oportunidades para
profissionais com formação clássica, nas orquestras sinfônicas municipais e
estaduais – um mercado ainda restrito, se considerarmos a pouca tradição de
música erudita no Brasil.
Os que direcionam a carreira para a música popular podem se
apresentar em teatros e centros de cultura, desde que tenham talento também
para a promoção pessoal. Outra possibilidade é abrir a própria academia ou
estúdio para criação de jingles em comerciais, além de arranjos e trilhas
sonoras em teatro e cinema. Quem tem mestrado e doutorado pode dar aulas em
universidades.
Duração média do curso
Quatro
anos
A profissão
Este bacharel pode compor, interpretar ou reger obras
eruditas e populares, de acordo com sua especialização. O compositor cria peças
e anota-as em partituras para serem executadas por instrumentistas e cantores.
O maestro coordena ensaios e dirige orquestras, bandas, conjuntos instrumentais
e vocais. O músico pode ser especializado na execução de um determinado
instrumento ou dedicar-se ao canto. Atua em concertos, espetáculos, cria
jingles para filmes comerciais e publicitários e dá aulas. Cada vez mais tem de
estar inteirado dos sofisticados programas de computação que controlam a
gravação e a edição de arranjos musicais em equipamentos digitais de reprodução
e gravação. É obrigatória a inscrição na Ordem dos Músicos do Brasil.
Características que ajudam na profissão:
Sensibilidade, criatividade, habilidade musical, ouvido
apurado, imaginação, flexibilidade, persistência, curiosidade.
Fonte: www1.uol.com.br
O PROFISSIONAL
A opção pela música deve ser feita bem antes da época do
vestibular, pois não há como ingressar numa universidade sem uma formação
prévia de boa qualidade. Não é possível manejar um instrumento em alto nível se
a pessoa não iniciar seus estudos antes da adolescência.
O vestibular é o filtro do curso, pois há um exame de
aptidão sempre muito difícil que exige conhecimento superior a oito anos de
conservatório. É preciso saber ler partituras e tocar bem um instrumento.
Criação, composição, interpretação e execução de melodias
fazem parte da vida desse profissional. O músico popular pode atuar como
instrumentista, arranjador, em atividades diversas. Está capacitado a avaliar
tanto os aspectos práticos quanto teóricos da atividade musical.
O músico erudito atua nas áreas de composição, regência e
instrumento. Poderá compor e interpretar música com variadas funções, dirigir
ou executar música coral e/ou orquestral; estudar música em seu aspecto teórico
e histórico, assim como sua aplicação aos meios tecnológicos de comunicação.
O MERCADO DE TRABALHO
Trata-se de um mercado dos mais exigentes, é sempre um
desafio.
O músico com formação popular pode trabalhar em rádio,
televisão, cinema, shows e espetáculos e agên-cias de publicidade. A área de
jingles para publicidade e trilhas sonoras para o cinema são as que mais
cresceram nos últimos anos.
O músico erudito atua na regência de orquestras e/ou coros:
na composição instrumental ou vocal, camerística e orquestral; na elaboração de
trilhas sonoras. Também pode lecionar em escolas de música ou instituição de
ensino superior. Um campo em expansão é a pesquisa da linguagem musical por
meio de computadores.
A profissão foi regulamentada pelo decreto 3857, de
22/12/1960.
O CURSO
O curso tem a duração de quatro anos para quem opta por
instrumento, canto ou licenciatura. Dura seis anos para quem pretende seguir a
composição e/ou a regência. Durante o curso o estudante escolhe um instrumento,
podendo ser: violino, piano, trompete, clarinete, violoncelo, saxofone e
percussão.
Existem disciplinas comuns entre todas as áreas: teoria
musical, história da arte, estética musical, canto coral, etc.
O profissional formado deve obter o seu registro junto à
Ordem dos Músicos do Brasil.
Fonte: educaterra.terra.com.br
É a
utilização da arte e técnica na combinação dos sons vocais ou instrumentais de
maneira harmônica.
O Músico
Estuda e faz o trabalho de modulação da voz. Pode atuar como
solista, integrar grupos vocais e corais(Canto).
Cria partituras para diferentes instrumentos, conjuntos,
bandas e orquestras ou grupos vocais. Pode também, compor trilhas sonoras para
teatro, cinema e televisão, além de “jingles” publicitários. (Composição).
Estuda e executa peças musicais. Pode atuar como solista ou
em conjuntos musicais e orquestras (Instrumentos).
Prepara, ensaia e faz a direção de apresentações de
orquestras e corais. Orienta cantores e instrumentalistas sobre a forma de
execução das obras. (Regência).
Dá aulas de Educação Musical em escolas de 1.º e 2.º graus
ou em escolas de música.
Ajuda na edificação de auditórios de música.
Emite pareceres sobre questões musicais de interesse geral.
Onde Pode Trabalhar
Magistério — escolas de 1.º e 2.º graus, conservatórios.
Orquestras sinfônica e de câmara.
Casas Noturnas, estúdios de gravação, emissoras de
televisão, teatros, empresas que contratam serviços de produção musical.
Indústrias que se dedicam à fabricação e reparação de
instrumentos e aparelhos musicais.
O Curso
Fazem parte do currículo disciplinas de formação básica como
Introdução à Filosofia, Métodos e Técnicas de Pesquisa, Antropologia, Estética,
História da Arte, Fundamentos da Expressão e Comunicação Humanas, Folclore
Brasileiro, Formas de Expressão e Comunicação Artísticas, e outras.
O aluno passará, então, para disciplinas de formação
profissional como Evolução da Música, Técnicas de Expressão Vocal, Linguagem e
Estruturação Musical, Canto, Coral, Técnicas de Musicalização, Instrumentação e
Orquestração, Regência, Prática Instrumental, Psicologia da Educação, Didática,
Estrutura e Funcionamento de Ensino de 1.º e 2.º graus, Prática de Ensino de
Música entre outras.
DURAÇÃO
04
anos
Embora ter uma banda de garagem seja bem diferente de seguir
a carreira acadêmica de músico, saber tocar três acordes como os Ramones já
ajuda. Dificilmente alguém chega sem saber absolutamente nada na faculdade,
afinal, antes mesmo de prestar vestibular, o estudante já tem de encarar um
teste de aptidão em diversas universidades. "Muitos candidatos acreditam
no mito do talento, do gênio, da espontaneidade e da intuição e se esquecem de
que - como diria Debussy - para o músico é necessário 85% de transpiração e 15%
de inspiração. Não há como passar nem no teste de música do vestibular sem a
devida preparação", avisa o coordenador do departamento de Música da
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Rogério
Costa.
Os cursos costumam ser divididos por instrumentos, além das
ênfases em composição, regência, canto e a licenciatura. "Alguém pode se
tornar um excelente músico sem freqüentar o ensino superior, pois há muitas
outras formas de se adquirir uma formação consistente. Porém, a universidade é
um lugar privilegiado para o desenvolvimento do pensamento criativo e
crítico", diz Costa.
Mercado- Conforme Costa, o leque de atuação do graduado em
Música é amplo. O bacharel pode atuar como instrumentista - o que inclui os
cantores - solista ou em grupos de diversas naturezas (orquestras, corais,
bandas, grupos de câmara, grupos de jazz, choro). "Pode também se dedicar
à composição, música de concerto, erudita, popular, música funcional para
rádio, TV, publicidade, cinema, teatro, performances, etc. Pode ainda se
dedicar à regência e coordenação de grupos instrumentais ou vocais tais como
corais, orquestras e bandas", enumera Costa. Como há uma série de carreiras
que o músico pode seguir, fica difícil estimar uma média salarial.
Se cursar a licenciatura, o profissional pode optar pela
educação musical nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio.
A áreaacadêmica também é uma opção. "Neste caso, ao se ligar a uma
universidade, o profissional desenvolverá atividades de pesquisa - musicologia,
etnomusicologia, composição, análise -, ensino e extensão", diz.
É pra você?
Para cursar a faculdade, é preciso ser apaixonado pela
música, acredita o professor da ECA-USP. "Lembre-se que o som é o material
da música e é necessário ser apaixonado também pelos sons para descobrir o que
se fez, o que se faz e o que pode ser feito com eles." Para ele, a Música
pode ser uma boa opção se você é criativo e tem sensibilidade auditiva. "É
importante que você se interesse pela arte e por todas as suas conexões com a
vida das pessoas e das sociedades." Mas também é necessário ser
disciplinado para encarar o estudo árduo e cotidiano de um instrumento e de
todas as outras disciplinas que constituem o universo da música, comenta.
O que vem por aí - Uma área que parecia esquecida deve
voltar com força total: o Congresso Nacional aprovou recentemente a retomada do
ensino obrigatório de música nas escolas públicas. "Isto deve demandar uma
renovação no quadro de professores", acredita Costa. Ele lembra ainda que
há uma área emergente ligada à música e tecnologia: produção de softwares,
gravação e elaboração de projetos de acústica (em conjunto com engenheiros de
som).
Diferencial
"No curso superior, ninguém cuida de você como no
colégio. Você faz o seu caminho escolhendo disciplinas, propondo projetos de
pesquisa, se integrando às atividades estudantis, grupos de estudo, de
performance, consultando a biblioteca", afirma o coordenador da ECA-USP.
Portanto, nada de esperar pelo sucesso. Seja versátil e realize atividades de
naturezas bem diversificadas para se estabelecer. "É um novo universo que
se abre com muitas possibilidades e você deve estar atento e disposto a
estabelecer conexões com os outros alunos e com os professores, inclusive de
outros cursos", diz Costa. Seja um aluno participativo, reflexivo e
criativo.
"Alguém que se dedica a compor jingles tem que se
inserir no mercado, mostrando sua produção, aguardando oportunidades. Alguém
que se dedica à educação, deve levar currículos em escolas, fazer estágios.
Alguém que quer se dedicar à vidaacadêmica , deve ingressar no mestrado e em
seguida no doutorado. Alguém que queira ser um instrumentista de música erudita
deve criar seu espaço junto às instituições promotoras de concertos e, no caso
da música popular, deve se inserir em grupos."
Fonte: noticias.terra.com.br
O que é ser músico?
A denominação "músico" engloba os mais variados
tipos de profissionais: instrumentistas, cantores, maestros e compositores;
especializados ou não em diferentes estilos musicais: música clássica, música
popular, jazz, rock; autodidatas e estudiosos com pós-graduação.
Quais as características necessárias
para ser músico?
Para um músico ser bem sucedido é necessário ser uma pessoa
de grande sensibilidade artística, com grande interesse pelas artes e que tenha
um vasto conhecimento no assunto.
Características desejáveis
- autoconfiança
- boa audição
- capacidade de liderança
- desembaraço
- disciplina
- equilíbrio emocional
- espírito empreendedor
- facilidade de expressão
- habilidade para trabalhar em
equipe
- interesse pela natureza humana
- interesse pelas artes
- intuição
- musicalidade
- perseverança
- ritmo
- sensibilidade artística
Qual a formação necessária para ser um músico?
Esta carreira não exige um diploma, principalmente para quem
se dedica à música popular. No entanto, quem quer tocar ou reger grandes
orquestras tem que ter formação sólida em universidade ou conservatório. Para
conseguir a carteira da Ordem dos Músicos é preciso submeter-se a uma prova.
Para compositores é recomendável tocar um instrumento e ter bom conhecimento de
teoria musical. Também é útil saber usar recursos eletrônicos para composição e
execução de música. Compositores devem registrar suas obras na Escola Nacional
de Música, apresentando partitura e letra da música. Devido à competição,
instrumentistas, cantores ou compositores precisam, cada vez mais, de noções de
marketing para criar oportunidades de trabalho.
Principais atividades de um músico
Instrumentistas,
cantores e regentes dedicam a maior parte do seu tempo a:
- estudar partituras
- exercitar-se constantemente
- ensaiar espetáculos
- pesquisar e aprender novas
peças musicais
Regentes
avaliam e selecionam músicos para a orquestra. Podem ser convidados para reger
orquestras em gravações ou espetáculos específicos e ocupar cargos de regente
titular de uma orquestra e diretor musical, assumindo também funções
administrativas e gerenciais.
Áreas de atuação e especialidades
Instrumentistas
Atuam como solistas, participam de orquestras, bandas, grupos de todos os gêneros, ou acompanham cantores. Podem tocar ao vivo ou em estúdios. Em geral especializam-se num tipo de instrumento de sopro, de corda, de percussão.
Regentes ou maestros
Interpretam peças musicais, determinando como devem ser tocadas e dirigem grupos de músicos, usando as mãos para indicar as variações de som e marcar o tempo.
Compositores e letristas
Criam melodias e letras de músicas, muitas vezes trabalham em parceria.
Cantores
Usam a voz como instrumento, para interpretar uma canção. Podem fazer carreira solo ou fazer parte de um grupo, atuando ao vivo ou gravando discos.
Professores
Dando aulas de música para os iniciantes em escolas.
Atuam como solistas, participam de orquestras, bandas, grupos de todos os gêneros, ou acompanham cantores. Podem tocar ao vivo ou em estúdios. Em geral especializam-se num tipo de instrumento de sopro, de corda, de percussão.
Regentes ou maestros
Interpretam peças musicais, determinando como devem ser tocadas e dirigem grupos de músicos, usando as mãos para indicar as variações de som e marcar o tempo.
Compositores e letristas
Criam melodias e letras de músicas, muitas vezes trabalham em parceria.
Cantores
Usam a voz como instrumento, para interpretar uma canção. Podem fazer carreira solo ou fazer parte de um grupo, atuando ao vivo ou gravando discos.
Professores
Dando aulas de música para os iniciantes em escolas.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para músicos é bem concorrido.
Cantores têm um bom campo de trabalho como vocalistas em gravação de discos,
jingles ou trilhas sonoras, ou mesmo acompanhando artistas famosos. Cidades
turísticas costumam oferecer oportunidades melhores do que as metrópoles para
músicos populares. Já os eruditos encontram um mercado mais amplo nas grandes
cidades. Há pesquisas que indicam que o setor de entretenimento tende a crescer
acima da média nos próximos anos. Nesse caso, acontecerá o mesmo com o mercado
para músicos. Representantes dos músicos vêm atuando no meio político pela
volta do ensino obrigatório de música nas escolas fundamentais, o que abriria
um grande número de vagas para professores.
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